Esse post é para cantores…. FREDDIE MERCURY LIVE!

Ao assistir o vídeo, muitos podem se perguntar: mas como o Freddie faz isso???

Na nossa estrutura existe um eixo, um corpo principal. Ele consiste em cabeça e torso:

cabeça

torso

E quando existem dois elementos, existe UMA RELAÇÃO entre esses elementos:

junção atlanto-occipital

junção atlanto-occipital

O que o Freddie faz muito bem é que ele consegue manter essa relação LIVRE, especialmente nas notas mais desafiadoras.  O que acontece normalmente com a maioria de nós, é um pânico sutil diante dos desafios, seja uma nota aguda, uma passagem difícil ou apenas o nervosismo. Esse pânico sutil desperta o nosso “reflexo ancestral do medo”. 

O reflexo do medo é uma reação imediata do nosso sistema nervoso, quando encontra uma ameaça inesperada. Então, quando um trem passa e não estamos esperando, é bem possível que nossa reação instintiva seja tensionar o corpo. O detalhe importante aqui é que não estamos falando de uma tensão, estamos falando de uma REAÇÃO. Isso dá uma base de onde eu consigo trabalhar. Lidar com uma tensão persistente parece beeeem difícil, mas lidar com o que causa a tensão – a minha reação ao estimulo – é muito mais fácil. Então, quando a nota complicada ou qualquer outro desafio está chegando, a pergunta não é: ‘Por que estou tensa?’, a pergunta que dá acesso para trabalhar é:

‘Por que EU estou pedindo para o meu sistema tensionar mais do que precisa?’

Na hora que o sistema nervoso identifica desafio ou ameaça, manda uma mensagem para os músculos protegerem as partes mais importantes: nosso coração e o pescoço que são nossas partes vitais; sem coração – não há vida, sem pescoço – não há movimento. O coração está bem protegido dentro da caixa torácica, entãoa parte realmente vulnerável é o pescoço. Observando nos documentários da National Geographic por exemplo, vemos que o animal caçador só precisa chegar ao pescoço do animal vitima para matá-lo.

Tente reproduzir o movimento que acontece quando queremos proteger o pescoço; a cabeça vem mais perto do corpo, os ombros se aproximam, e se reproduzirmos o movimento com exagero, dá para sentir que a contração dos músculos não acontece só perto do pescoço, mas vai até a pélvis e as pernas. E aí, onde está o meu apoio segue ladeira abaixo! Este é o extremo da tensão na relação entre cabeça e pescoço. E todos nós temos a capacidade de fazer isso. Deixar a relação entre cabeça e corpo livre não é tão simples. Nós não podemos fazer a qualidade ‘livre’, ela está lá ou não. Mas podemos parar de fazer o extra, uma distinção sutil, mas extremamente poderosa. Ao invés de buscar a relação entre cabeça e corpo livre, buscar a ausência da relação tensa.

eixo integrado, ou seja, a relação livre entre cabeça e corpo não é algo que posso fazer, é um resultado do trabalho contrário. Lidarda melhor forma possível com as reações que causam tensão excessiva.

O post Eu e a minha mandíbula, é uma brincadeira/experimento colocando tudo isso em prática.

Por |2017-10-17T13:55:16-02:0025 de novembro de 2013|

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