Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira, dia 9, aponta que a inflação de agosto é a maior nos últimos 21 anos. Pressionada pelo aumento dos preços de combustíveis, automóveis, alimentação e energia elétrica, a inflação voltou a apresentar em agosto desempenho acima do esperado pelo mercado financeiro, elevando as preocupações de economistas que a alta dos preços perdure em 2022.
Segundo o IBGE, inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é a maior em 21 anos, fechando agosto com alta de 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,88% em agosto, 0,14 ponto percentual abaixo do resultado de julho, quando a alta foi de 1,02%. No ano, o indicador acumula elevação de 5,94% e em 12 meses chega a 10,42%, acima dos 9,85% observados nos 12 meses anteriores. Em agosto do ano passado, a taxa variou 0,36%.
Para o INPC, a principal influência foram dos produtos alimentícios, que subiram 1,29% em agosto, acima de 0,66% observado em julho. Os produtos não alimentícios desacelararam e tiveram alta de 0,75% no mês, após variação positiva de 1,13% em julho.
No entanto, apesar de elevar as estimativas para o índice este ano, a casa mantém a projeção de inflação em 5,0% em 2022, com os riscos concentrados na alta.
Para a política monetária, o banco espera que o Banco Central aumente a taxa de juros em 100 pontos base nas próximas três reuniões consecutivas, atingindo 8,25% ao ano em dezembro de 2021.
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