Com o aumentos dos custos com energia elétrica devido a crise híbrida em que o país vive, consequência da pior seca em pelo menos 91 anos, agricultores enxergam a energia solar como forma de reduzir custos. O país pode enfrentar escassez de quase todos os recursos energéticos até novembro, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), motivado por três fatores-chave: desmatamento da Amazônia, aquecimento global e os efeitos do La Niña.
A energia solar é talvez o componente mais promissor das várias tecnologias e estratégias que os agricultores estão considerando para conter o que parece ser uma crise energética crescente para seu setor. Energia eólica e biomassa também estão no mix, embora estejam atrás da energia solar em termos de desenvolvimento no país. Os agricultores, assim como o governo, também estão considerando e implementando estratégias de conservação para gerar economia.
A energia solar passou a ter geração significativa de energia no Brasil em 2017 com 993 MW, segundo a Aneel. Em 2020, representava 1,9% da matriz elétrica brasileira, e o ONS diz que deve aumentar para pelo menos 2,6% até o final deste ano, chegando a 3,9% até 2025.
A falta de chuvas no país tem causado baixos níveis dos reservatórios e está afetando as operações das usinas hidrelétricas, fazendo com que produzam menos energia do que o normal. Isso fez com que usinas termelétricas fossem acionadas para compensar o déficit no fornecimento.
A falta de chuvas no país tem causado baixos níveis dos reservatórios e está afetando as operações das usinas hidrelétricas, fazendo com que produzam menos energia do que o normal. Isso fez com que usinas termelétricas fossem acionadas para compensar o déficit no fornecimento.
MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
O aumento nas tarifas de energia impactou os custos de produção dos agricultores, com os gastos com fertilizantes aumentando em quase 35% em relação ao ano anterior.
Para compensar os custos mais altos de energia e tentar reabastecer os reservatórios, os agricultores já estão reduzindo o uso de água para plantações irrigadas como arroz, algodão e, em algumas áreas, milho. A safra de soja, geralmente plantada em setembro, pode sofrer atrasos à medida que os agricultores aguardam as chuvas sazonais e mais água disponível.
Mas a energia solar parece ser a solução mais promissora a longo prazo. Embora seja caro para instalar, pois requer painéis e outras tecnologias, a geração de eletricidade solar é mais barata do que os combustíveis fósseis, evita a instabilidade energética e garante a distribuição, pois é previsível e pode ser armazenada.
A energia solar também recebe apoio do governo. A energia excedente gerada é repassada para as concessionárias de energia e gera um desconto nas contas recebidas pelos consumidores. Alguns participantes do mercado reduziram suas contas em 90% usando este sistema.
Fonte: O Petróleo
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