A tecnologia no agronegócio não se resume a equipamentos, digitalização e automação dos processos no campo. A biotecnologia ajuda a produzir alimentos mais saudáveis, com menos custos, segundo estudos, usando bioinsumos, que são fertilizantes ou defensivos biológicos feitos de microrganismos, materiais vegetais, orgânicos e naturais, têm crescido e representam grandes avanços tecnológicos. Além da diminuição de risco à saúde humana e animal, eles ainda contribuem para redução nos custos.
Os defensivos químicos estão com preço cada vez mais alto, acompanhando a valorização do dólar já que, em sua maioria, são importados. Algumas dessas substâncias chegam a ser proibidas em vários países por representarem risco para a saúde dos trabalhadores, consumidores e dos animais, além de contaminarem veios d’água.
O coordenador do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Paulo Henrique Montagnana Vicente Leme, ressalta que “o uso dos bioinsumos abre possibilidades para uma agricultura mais amiga, sem agredir o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores. Não substituem os químicos, mas podem trabalhar em nichos de mercados, como o orgânico ou em países onde os químicos são proibidos”.
Este é um dos assuntos do AGROFUTURE SUMMIT, evento que será realizado entre os dias 6 e 8 de outubro, totalmente virtual e gratuito. O encontro vai reunir especialistas de várias áreas e mostrar, além de cenários do futuro do agronegócio, como as tecnologias estão e podem ajudar micro, pequenos, médios e grandes produtores agrícolas.
Inovação
Um suporte muito importante na produção de conhecimento para a agricultura é a Embrapa. Shalon Silva explica que o papel da instituição nesse cenário é “aproximar a inovação do setor produtivo. A Embrapa tem a capacidade de unir a pesquisa com potenciais parceiros, com investidores, instruir sobre modelo de negócios – em parceria com o Sebrae – para gerar cada vez mais negócios e investimentos para o ecossistema do agronegócio”.
Shalon fala da importância da inovação aberta, que contribui também para o desenvolvimento das startups voltadas para o agronegócio, as agtechs. “O desafio da Embrapa enquanto empresa pública é tornar essas pesquisas acessíveis a todos. E apoiar o empreendedorismo é uma das formas”, explica a gerente. A Embrapa tem mais de 100 agtechs como parceiras.
Paulo Henrique também acredita que uma força importante para o crescimento do agronegócio é a disseminação do conhecimento. “A gente acredita que levar a tecnologia para pequenos e médios aumenta a qualidade dos projetos para atender o mercado interno. E o mercado interno é abastecido pela agricultura familiar. A segurança alimentar da população está na agricultura familiar”, afirma.
O que é biotecnologia?
A Biotecnologia explora processos celulares e biomoleculares para desenvolver tecnologias e produtos que ajudam a melhorar a vida e saúde das pessoas.
A definição, bem simplificada, é da maior associação mundial do setor: a Organização das Indústrias de Biotecnologia (BIO).
Atualmente, os avanços da Biotecnologia gera benefícios em diversas áreas, como saúde, meio ambiente, agricultura e infraestrutura, entre outros.
São produtos e inovações que contribuem para combater doenças, alimentar os famintos, usar energia mais limpa e em menor quantidade, reduzir o passivo ambiental e proporcionar processos industriais mais seguros, limpos e eficientes.
Com informações do AgroLink
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